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O que é a chamada ‘Síndrome da Criança Espancada’

A morte da pequena Quenia Gabriela Oliveira Matos de Lima, de 2 anos, segue sendo investigada pela polícia. Nesta sexta-feira (10), o laudo da necrópsia foi concluído e algumas informações foram divulgadas.
Em um trecho do documento, é apontado que a menina teve “síndrome da criança espancada”. O termo, que é usado na linguagem científica, gera dúvidas na cabeça de muitas pessoas.
A chamada “síndrome da criança espancada” é, na literatura médica, um termo para se referir a casos em que a criança apresenta lesões que não se explicam pelo relato apresentado.
Isto é, engloba geralmente lesões antigas, padronizadas e que não se explicam por fonte acidental. Por exemplo, uma criança é levada à emergência com relato de dor no braço direito, mas a radiografia descobre lesões anteriores no membro, ou em outra área do corpo.
Quando as lesões não podem ser explicadas, ou simplesmente não podem ser geradas de forma acidental, se configura a suspeita de “síndrome da criança espancada”, que se confirma através de perícia.
Nesses casos, as lesões são causadas por “ação contundente” – outro termo muito usado em perícia – que não pode ser explicado por meio acidental, como quedas ou trombadas.
Para que o diagnóstico de “síndrome de criança espancada” seja confirmado, é exigido um trabalho de investigação que leva em conta não apenas os laudos, mas também o contexto e histórico médico. Esses casos geralmente são levados à polícia.
