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isso foi o que fez a polícia desconfiar dos depoimentos da mãe do bebê

O caso do desaparecimento da pequena Ana Beatriz, de apenas 15 dias, chocou Alagoas com seu desfecho trágico nesta terça-feira (15/04). Após quatro dias de buscas intensas e contradições nos relatos da mãe, a bebê foi encontrada sem vida dentro da própria residência da família.
Desde a última sexta-feira (11), a investigação mobilizou Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal. Inicialmente, a mãe relatou um sequestro da filha, mas acabou mudando sua versão.
Mãe de Ana Beatriz disse que filha teria sido sequestrada
Inicialmente, a mãe afirmou que quatro criminosos, três homens e uma mulher, teriam abordado ela em uma parada de ônibus à beira da BR-101, quando ela aguardava o transporte escolar do filho de 5 anos. Segundo a versão inicial, um dos sequestradores teria arrancado a bebê dos braços dela, fugindo em direção a Pernambuco.
As forças de segurança chegaram a montar bloqueios e a divulgar imagens de um carro suspeito, que foi localizado e abordado. No entanto, o motorista não tinha qualquer relação com o caso e a partir desse ponto começaram a surgir inconsistências preocupantes no caso Ana Beatriz.
Inconsistências levantaram suspeitas nas autoridades
Conforme relatado pelo delegado responsável, a mãe mudou sua versão pelo menos cinco vezes ao longo da investigação. De acordo com a Polícia Civil, além do primeiro relato, ela chegou a afirmar que havia dormido com o portão aberto e que a bebê teria sido levada nesse intervalo.
Em outro momento, mencionou um possível abuso sexual e alegou que o crime seria uma vingança contra o marido. As contradições no caso Ana Beatriz, somadas à falta de imagens ou testemunhas que confirmassem suas versões, levantaram suspeitas sobre o envolvimento direto da própria mãe.
Testemunhas afirmaram que ela sequer esteve na BR-101 no horário em que o crime teria ocorrido, contrariando a primeira narrativa. Câmeras de segurança também não captaram a movimentação do carro suspeito, como alegado.
As autoridades investigam, além da possibilidade de homicídio, a condição emocional e psicológica da mãe, considerando o estado puerperal e possíveis transtornos relacionados ao período pós-parto.
