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Caso Bruna – mãe da estudante da USP desabafa sobre morte: ‘Morreu exatamente como ela mais temia’

A dor da perda se tornou ainda mais cruel para Simone da Silva, mãe da estudante Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, ao saber das circunstâncias em que a filha foi assassinada. A jovem, que sempre defendeu o feminismo e lutava contra a violência de gênero, foi morta de maneira brutal, o que, para a mãe, representa a concretização do maior medo da filha.
Em entrevista, Simone expressou seu desespero ao afirmar que teria preferido morrer no lugar da filha. “Ela era muito contra a violência contra a mulher. Ela estudava isso e morreu exatamente como ela mais temia e como eu mais temia”, afirmou. A polícia identificou Esteliano José Madureira, de 43 anos, como suspeito.
Desaparecimento
Bruna desapareceu no dia 13 de abril, após sair da estação Itaquera do metrô, na Zona Leste de São Paulo. O corpo da estudante foi encontrado dias depois em um estacionamento da região, com sinais de agressão, queimaduras e indícios de abuso. A tragédia abalou familiares, amigos e professores da Universidade de São Paulo (USP), onde ela concluiu a graduação e o mestrado em história.
De acordo com os familiares, Bruna estava na casa do namorado pouco antes do desaparecimento. Ao perceber que ela não havia retornado para casa, onde morava com o pai, os parentes ficaram em estado de alerta. O namorado, Igor Rafael Sales, relatou o choque ao saber que Bruna havia desaparecido logo após deixá-lo.
Vítima deixa filho de 7 anos
A estudante era conhecida por seu engajamento acadêmico e social. Estava aprovada em um novo mestrado na USP, desta vez no programa de mudança social e participação política. Além da trajetória acadêmica, era mãe de um menino de 7 anos, que agora terá de crescer sem a presença da mãe.
