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Queda de avião que resultou na morte de 298 pessoas teria sido causada pela Rússia, diz ONU

O Conselho da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), declarou nesta última segunda-feira (12), que a Rússia foi responsável pela queda do voo MH17 da Malaysia Airlines. A tragédia, ocorrida em 2014 sobre o leste da Ucrânia, causou a morte de 298 pessoas, entre passageiros e tripulantes.
O avião havia partido de Amsterdã com destino a Kuala Lumpur e foi abatido durante confrontos entre separatistas pró-Rússia e forças ucranianas. Segundo o governo holandês, a decisão da ICAO é um passo importante rumo à justiça para as vítimas e seus familiares.
A investigação apontou envolvimento direto de russos no ataque, o que já havia sido reforçado por condenações judiciais em 2022. Moscou, por sua vez, rejeitou essas decisões e se recusou a extraditar seus cidadãos.
Pressão internacional por justiça
A Holanda e a Austrália moveram a ação contra a Rússia junto à ICAO, exigindo reparações e responsabilidade pelo ocorrido. Agora, os dois países pressionam para que o Conselho determine negociações formais com Moscou.
O ministro das Relações Exteriores da Holanda, Caspar Veldkamp, afirmou que a decisão reafirma que violações ao direito internacional não podem ficar impunes. Para ele, é também um recado claro à comunidade internacional sobre a necessidade de responsabilização.
Função da ICAO e próximos passos
A ICAO não tem poder coercitivo, mas sua influência moral é significativa, dado que define padrões seguidos por 193 países. A organização deve agora discutir, nas próximas semanas, que tipo de reparação será exigida da Rússia.
Enquanto isso, familiares das vítimas continuam a buscar justiça e reconhecimento internacional. O caso reforça debates sobre a segurança aérea em zonas de conflito e o papel das instituições globais na responsabilização de Estados.
