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Pais de gêmea siamesa que morreu após cirurgia de separação se manifestam: ‘descanse em paz, filha’

A morte de Kiraz, uma das gêmeas siamesas do interior de São Paulo que passou por cirurgia de separação em Goiânia, gerou grande comoção nas redes sociais. A família, que vinha compartilhando a luta das meninas desde o nascimento, se manifestou após a confirmação da morte encefálica da bebê de 1 ano e seis meses.
Em uma publicação comovente no perfil das gêmeas, os pais escreveram: “descanse em paz, filha”. A irmã, Aruna, segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A separação das gêmeas aconteceu no início de maio no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), sob liderança do cirurgião pediátrico Zacharias Calil.
O procedimento, que durou 19 horas e envolveu mais de 50 profissionais, foi descrito como um dos mais complexos já realizados pela equipe. As meninas eram unidas por diversas regiões do corpo, incluindo tórax, abdômen e bacia, além de compartilharem órgãos vitais e possuírem três pernas.
Situação pós-cirurgia
Após a cirurgia, Kiraz e Aruna apresentaram complicações como febre alta e inflamações generalizadas. As duas foram entubadas e permaneceram sob cuidados intensivos. Segundo os médicos, o processo de separação provocou reações inflamatórias severas nos organismos das meninas, que já vinham sendo acompanhadas por meses com consultas e exames preparatórios antes do procedimento definitivo.
Família estava esperançosa
A família, natural de Igaraçu do Tietê (SP), vinha demonstrando otimismo e esperança com a cirurgia, após mais de um ano de preparo médico. A última etapa antes da separação incluiu a colocação de expansores de pele para facilitar o fechamento das áreas separadas. A perda de Kiraz, mesmo diante de tanto esforço, trouxe profunda tristeza aos pais e à equipe médica, que lamentaram o desfecho.
