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Justiça decide hoje se homem que bateu em criança achando que era um bebê reborn continuará preso

A audiência de custódia que definirá o destino de Filipe Martins Cruz, de 36 anos, será realizada neste sábado (7). Ele foi preso em flagrante após agredir com um tapa uma bebê de apenas quatro meses na cabeça, em plena Avenida Getúlio Vargas, na região da Savassi, em Belo Horizonte. Segundo testemunhas, o homem afirmou que pensou que a criança fosse um boneco do tipo “reborn”.
A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou o flagrante e encaminhou Filipe ao sistema prisional. Ele segue à disposição da Justiça enquanto o caso é investigado. A delegada Laíse Aparecida Rodrigues declarou que a bebê foi levada ao hospital pelos pais. A polícia acompanhará o desdobramento clínico da criança e o andamento judicial.
De acordo com a mãe da bebê, o homem se aproximou e começou a interagir com a filha, demonstrando interesse incomum. Mesmo após os pais dizerem que se tratava de uma criança real, ele insistiu que era um boneco. Em seguida, sem aviso, ele deu um tapa com a mão aberta na cabeça da bebê. O golpe causou inchaço atrás da orelha da criança.
Populares contiveram o agressor até a chegada da polícia
Após a agressão, pessoas que estavam no local imobilizaram o homem para evitar fuga ou novos ataques. A Polícia Militar foi acionada e prendeu Filipe no local. A criança foi levada ao Hospital João XXIII e ficou sob observação. Médicos informaram que, apesar de não correr risco de morte, a bebê exigia cuidados pela fragilidade natural da idade.
O agressor foi levado à UPA Centro-Sul com escoriações causadas pela contenção feita por populares. Em depoimento à polícia, Filipe admitiu ter agido conscientemente, alegando irritação com a mãe da criança. Ele também relatou ter consumido bebida alcoólica. No entanto, os policiais relataram que ele parecia sóbrio.
Relatos reforçam indignação com a violência inesperada
O dono do food truck onde tudo aconteceu informou que o agressor havia comido pouco antes do incidente. Ele contou que não viu o tapa, mas ouviu os gritos e a revolta das testemunhas. Cerca de 10 pessoas estavam no local no momento da agressão. O clima ficou tenso com o choque geral pela atitude do homem.
O comerciante relatou que pediu imediatamente que alguém chamasse a polícia. Ele disse que o suspeito aparentava estar embriagado, mas não podia afirmar com certeza. O comportamento tranquilo do homem antes do ataque surpreendeu a todos. Para o comerciante, foi algo totalmente imprevisível e revoltante.
