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morre um dos maiores nomes da música brasileira

Morreu na noite de sábado (14), no Rio de Janeiro, o músico e fundador do grupo Fundo de Quintal e do bloco Cacique de Ramos, Bira Presidente. Ele tinha 88 anos e estava em tratamento contra um câncer de próstata, além de conviver com o diagnóstico de Alzheimer. Figura fundamental para a história do samba, Bira foi responsável por impulsionar a cultura suburbana carioca e dar nova roupagem ao gênero tradicional.
Nascido em 1937, Bira era percussionista, cantor e compositor. Ele ajudou a transformar as rodas de samba do subúrbio do Rio em um movimento musical revolucionário, que revelou nomes como Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Sombrinha e Zeca Pagodinho. Com seu talento e carisma, tornou-se símbolo da resistência cultural e da valorização das raízes afro-brasileiras dentro do samba.
Bira fundou o Cacique de Ramos
A importância de Bira ultrapassou a música. Fundador do Cacique de Ramos, bloco que se tornou referência cultural na cidade do Rio de Janeiro, ele consolidou o espaço como um verdadeiro polo de encontros musicais e resistência negra. O Cacique foi um celeiro de talentos e um dos motores do pagode carioca moderno, que viria a se espalhar pelo país nas décadas seguintes.
Bira Presidente deixa um legado imenso para a música popular brasileira. Sua trajetória é lembrada com orgulho por sambistas e admiradores do gênero, que reconhecem nele um dos pilares do samba contemporâneo. Nas redes sociais, a despedida foi marcada por homenagens emocionadas de fãs, artistas e personalidades ligadas à cultura e à música.
Memória de Bira Presidente
Apesar do luto, a memória de Bira continua viva nas canções e na história do samba. Ele foi um dos grandes responsáveis por manter acesa a chama das rodas de samba no subúrbio carioca, transformando-as em verdadeiros redutos de criatividade e resistência cultural.
