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‘Achei que também ia morrer’, diz sobrevivente de avião que caiu com 242 pessoas; possíveis causas vem à tona

Um grave acidente aéreo chocou o mundo na última quinta-feira, 12 de junho, quando um Boeing 787 que partia de Ahmedabad, na Índia, com destino a Londres, caiu pouco tempo após a decolagem. A aeronave, que estava lotada, caiu menos de um minuto após deixar o solo, atingindo um alojamento de uma faculdade de medicina na região.
Com os tanques de combustível cheios, a queda resultou em uma grande explosão, deixando até o momento 279 mortos, entre passageiros, tripulantes e pessoas em solo. O único sobrevivente identificado é Ramesh Vishwashkumar, que relatou os instantes de terror logo após acordar entre os destroços.
Possíveis causas para a queda do Boeing 787
Especialistas da aviação já começaram a levantar hipóteses sobre as possíveis causas da tragédia. O comandante Lotário Kieling, que possui 40 anos de experiência no setor, apontou inconsistências no comportamento do avião durante a decolagem. Segundo ele, o fato de a aeronave ter percorrido toda a extensão da pista — muito maior do que o necessário — e não ter recolhido o trem de pouso como é praxe, levanta suspeitas. Além disso, foi observado que a posição dos flapes pode ter sido incorretamente ajustada logo após a decolagem, o que comprometeria a sustentação do voo.
A possibilidade de uma pane simultânea nos motores é considerada extremamente rara. Uma hipótese mais viável, segundo Kieling, seria um erro operacional provocado por estresse: o piloto, ao invés de recolher o trem de pouso, pode ter recolhido os flapes, reduzindo bruscamente a sustentação da aeronave. A análise ainda é preliminar, mas ganha força diante dos indícios de falha humana em um momento decisivo. Além disso, imagens divulgadas sugerem que o equipamento R.A.T., uma turbina de emergência acionada automaticamente em casos graves, como perda total de energia elétrica ou hidráulica, estava ativado.
Ramesh Vishwashkumar foi o único sobrevivente
Enquanto as investigações seguem para esclarecer as causas exatas da queda, o único sobrevivente, ainda hospitalizado, tenta entender como escapou com vida: “Por um momento, achei que também ia morrer”, afirmou Ramesh Vishwashkumar. Ele contou que percebeu a queda iminente e, após o impacto, conseguiu se soltar do cinto e deixar a fuselagem em chamas. Sentado na poltrona 11A, próxima às asas, onde ficam os tanques de combustível, sua sobrevivência é considerada quase um milagre, já que essa região costuma ser uma das mais comprometidas em acidentes com explosões.
