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Alexandre Garcia acusa esquerda de espalhar fake news sobre juros

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O jornalista Alexandre Garcia, em artigo para a Gazeta do Povo, criticou o uso de informações falsas por representantes de esquerda ao comentar a alta de juros promovida pelo Banco Central (BC). Segundo ele, políticos da oposição têm propagado a ideia de que o aumento de 0,5 ponto percentual nos juros prejudica diretamente as camadas mais pobres da população.

Para Garcia, essa narrativa é enganosa, pois desconsidera que a medida é uma estratégia para controlar a inflação, um fator que, segundo ele, pesa ainda mais no bolso das classes populares.

– A inflação, sim, cobra do pobre, daquele que não tem dinheiro aplicado – enfatizou o jornalista.

E continuou:

– Quem tem dinheiro aplicado não paga a inflação, ganha com ela. Quem não tem dinheiro aplicado é que vai sofrer com a inflação. A inflação é um imposto que se cobra do pobre, um imposto sobre os gastos excessivos do governo. O governo está anunciando que vai cortar gastos, mas de que jeito? Depois de ter anunciado com triunfalismo que ia praticamente duplicar o número de ministérios sem criar gastos? Como assim, que milagre é esse?

O jornalista também argumentou que o cenário de informação mudou, e a população hoje tem acesso direto a múltiplas fontes de notícias, o que diminui o efeito de desinformações propagadas pela esquerda que tenta pintar o BC como carrasco.

LEIA NA ÍNTEGRA:
Político tem mania de achar que todo mundo é burro, ingênuo. Hoje todos se informam pelo celular, ficam sabendo de tudo. Não existe mais aquele monopólio da informação. Antes, o político tinha certeza de que o povo só estava recebendo determinada informação. Agora as pessoas recebem todas as informações, inclusive alguns absurdos, algumas idiotices. Recebe também mentiras, dessas que dão raiva, que sabemos ser mentira – mas quem sabe que é mentira não vai curtir nem compartilhar. Vejam essa: “o Banco Central é o carrasco do povo que está devendo, porque aumentou em 0,5 ponto percentual a taxa de juros”. Como se isso fosse onerar o pobre. Não, é para evitar o ônus da inflação, que é muito pior. A inflação, sim, cobra do pobre, daquele que não tem dinheiro aplicado.

Nesta quinta um gerente de banco me ligou: “vamos aproveitar que está aumentando o juro e você pode ganhar mais”. Ganha mais em quê? Livrando-se da inflação! Quem tem dinheiro aplicado não paga a inflação, ganha com ela. Quem não tem dinheiro aplicado é que vai sofrer com a inflação. A inflação é um imposto que se cobra do pobre, um imposto sobre os gastos excessivos do governo. O governo está anunciando que vai cortar gastos, mas de que jeito? Depois de ter anunciado com triunfalismo que ia praticamente duplicar o número de ministérios sem criar gastos? Como assim, que milagre é esse?

O Banco Central tem o dever de preservar a moeda e o crédito para evitar que as pessoas percam com a moeda que está no bolso, e para que haja crédito suficiente para bancar o crescimento. Eu lembro de Delfim Netto, que era tratado como guru da economia e dizia que dívida não é para ser paga, é para ser enrolada. Que péssimo exemplo! Imaginem se todos pensassem assim; o que aconteceria com a economia? Acabaria, porque o crédito está baseado na confiança, que só se tem com pagamento.

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