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Antes da cirurgia que deu errado, essa foi a mensagem de fé e esperança do pai das gêmeas siamesas
Uma das gêmeas siamesas, que foram submetidas a uma extensa cirurgia para separação, realizada em 10 de maio, faleceu nove dias após o procedimento. A bebê Kiraz, que tinha um ano e meio, não resistiu às complicações. O procedimento teve duração de 19 horas e mobilizou uma equipe de mais de 40 profissionais de saúde.
As meninas, de Igaraçu do Tietê, interior de São Paulo, apresentavam uma condição complexa: estavam unidas pelo tórax, abdômen e bacia, compartilhando o fígado e possuindo três pernas no total. A preparação para a intervenção cirúrgica foi meticulosa e se estendeu por aproximadamente um ano, incluindo cuidados como a colocação de expansores de pele para facilitar o fechamento dos corpos depois da separação.
Expectativa da família e o pós-operatório
Antes da cirurgia, o pai das gêmeas, Alessandro, demonstrou confiança e esperança em entrevista. Ele disse: “Estamos confiantes! Sempre colocando Deus na frente para que ele seja as mãos dos médicos no momento da cirurgia”. A família expressou desde o início do planejamento a preocupação com a fase pós-operatória, considerada uma das mais delicadas do processo.
Após a separação, as irmãs foram encaminhadas para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ambas apresentaram febre e outras complicações, sendo necessário o uso de ventilação mecânica. O último boletim médico, antes do anúncio do falecimento, indicava que o estado de ambas as bebês era grave, porém estável, com monitoramento constante pela equipe médica e suporte de drogas vasoativas.
Desfecho e a confirmação médica
Na manhã desta segunda-feira (19), a família comunicou o falecimento de Kiraz por meio das redes sociais. O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), local onde a cirurgia foi realizada, informou que houve uma morte encefálica, mas o protocolo para confirmação oficial ainda estava em andamento.
