Notícias
Caso Juliana Marins: brasileira pode ter ficado ferida por até 4 dias antes de morrer, aponta laudo

Um laudo forense divulgado nesta sexta-feira (27) pelas autoridades indonésias apontou que Juliana Marins, a brasileira que caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, morreu aproximadamente 20 minutos após sofrer ferimentos, mas a queda que causou tudo isso não foi a primeira.
O médico legista responsável, Ida Bagus Alit, afirmou que a causa da morte foi um trauma contundente, com fraturas que causaram danos internos e hemorragia fatal. De acordo com o exame, Juliana sofreu múltiplas fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa.
Esses ferimentos, segundo o legista, foram suficientes para comprometer órgãos vitais e provocar sangramento intenso, sem chance de recuperação. O corpo foi encaminhado ao Hospital Bali Mandara, em Bali, para a realização da autópsia, já que não havia peritos capacitados na província onde ocorreu o acidente.
Médico-legista falou sobre morte
Ida Bagus Putu Alit deu entrevista e falou sobre a morte da brasileira. “De acordo com meus cálculos, a vítima morreu na quarta-feira, 25 de junho, entre 1h e 13h [14h do dia 24 e 2h do dia 25, no horário de Brasília]”, disse a BBC News.
O médico explicou que não houve indícios de hérnia cerebral ou retração de órgãos, condições geralmente presentes em casos de óbito por trauma com sobrevida estendida. Isso reforça a tese de que a jovem faleceu ainda no local da queda, antes da chegada dos socorristas, que levaram cerca de 15 horas para concluir o resgate em área de difícil acesso.
Repatriação do corpo
Com o laudo médico finalizado, a família agora aguarda a repatriação do corpo, que será custeada pela Prefeitura de Niterói. O caso ganhou ampla repercussão no Brasil, despertando comoção nacional e levantando debates sobre os riscos de trilhas em áreas de difícil resgate e a preparação necessária para enfrentar tais desafios.
