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Como está hoje o homem que tirou a vida de Eloá Pimentel há 15 anos e abalou o Brasil

Outubro de 2008 foi o mês em que o Brasil testemunhou um dos sequestros mais intensos e trágicos de sua história.
O caso aconteceu na cidade de Santo André, que fica da Região Metropolitana de São Paulo, Eloá Cristina Pimentel, uma jovem de 15 anos, foi sequestrada.
Lindemberg Alves, seu ex-namorado, que tinha 21 anos na época, invadiu o apartamento em que a jovem vivia no dia 13 quando teve início um dos casos mais trágicos e midiáticos do país.
Com uma arma em punho, Lindemberg Alves ameaçou Eloá, sua melhor amiga Nayara Rodrigues e mais dois colegas de escola enquanto eles estavam fazendo juntos uma atividade escolar.
Ele exigia que Eloá voltasse a namorar com ele e liberou uma parte das vítimas, que imediatamente acionaram a polícia. A partir desse momento, as negociações se iniciaram e chamou a atenção de toda imprensa.
Em resposta às ações policiais fracassadas, como ameaçar entrar no prédio e desligar a luz, Lindemberg fez uma série de exigências.
A polícia tentou negociar a libertação de Eloá, mas as conversas não progrediram e o sequestro se prolongou por vários dias.
Ao longo desse período, os desdobramentos do sequestro foram acompanhados de perto pela população e pela imprensa, que transmitiu ao vivo as imagens.
Os momentos de tensão entre Eloá e Lindemberg foram exibidos, com o sequestrador ameaçando a si mesmo e a jovem com sua arma.
Em 17 de outubro, a polícia optou por invadir o apartamento onde Eloá estava sendo mantida refém. Durante o confronto, Lindemberg disparou contra Eloá e Nayara, que havia retornado ao apartamento durante as negociações.
Ambas foram transportadas para o hospital em estado grave, porém Eloá teve morte cerebral diagnosticada no dia seguinte. O sequestrador foi preso durante a invasão.
No ano de 2012, Lindemberg Alves, o sequestrador da jovem Eloá, recebeu uma sentença de 98 anos de prisão pelo crime que cometeu.
Mesmo com essa sentença, ele só poderia cumprir a pena máxima prevista na legislação brasileira, que é de 30 anos. Em 2020, Lindemberg solicitou progressão de pena e foi beneficiado no início de 2021, passando para o regime semiaberto.
No entanto, quatro meses depois, a Justiça revogou o benefício concedido ao assassino de Eloá. Um teste de personalidade constatou que o presidiário tem “traços narcísicos e antissociais, além de contar com impulsividade elevada e pouca capacidade de afeto, apresentando postura autocentrada”, afirmou o procurador Luiz Marcelo Negrini.
Sendo assim o assassino de Eloá continua preso em regime fechado.
