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‘eu estava do lado dela’

Jaelson da Silva Souza, que trabalha como ruralista e é pai da pequena Ana Beatriz, revelou nesta terça-feira (16) que apenas começou a desconfiar da esposa após perceber diversas inconsistências em seus relatos. A criança, de apenas 15 dias de vida, foi encontrada sem vida em Novo Lino, no interior de Alagoas, e a principal suspeita é a própria mãe, Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos.
Conforme contou Jaelson, o casal havia planejado ter a filha e a gestante demonstrava entusiasmo e carinho ao longo do período de gestação. Na ocasião do suposto desaparecimento, Jaelson estava em São Paulo, atuando em uma usina. Ao receber a notícia, retornou ao estado para acompanhar o caso de perto.
Pai afirma ter presenciado momento da confissão
As investigações conduzidas pela Polícia Civil de Alagoas agora buscam esclarecer se a mãe agiu sozinha ou contou com a colaboração de terceiros para esconder o corpo da recém-nascida. Antes de confessar o crime, Eduarda apresentou diferentes versões à polícia, entre elas a de que a filha teria sido levada por sequestradores.
Jaelson revelou que, após ser pressionada, a mãe de Ana Beatriz acabou confessando o crime. “Eu estava ao lado dela quando confessou. Procurei chão e não achei. Saí chorando, nem quis olhar na cara dela. Meus familiares vieram me acolher“, disse ele.
Tipificação do crime
A linha investigativa agora também considera a possibilidade de o crime ser tipificado como infanticídio — previsto no Código Penal para situações em que a mãe, influenciada pelo estado puerperal (alterações físicas e emocionais do pós-parto), tira a vida do próprio filho durante ou logo após o nascimento. Caso essa hipótese se confirme, a pena prevista é mais branda: de dois a seis anos de prisão, diferentemente do homicídio qualificado. A polícia segue reunindo informações para determinar com precisão o enquadramento jurídico e a dinâmica do crime.
