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‘Eu vou morrer’, disse mulher a Lula; presidente relembra luta contra o câncer
Às vésperas do lançamento do programa Agora tem especialista, o presidente Lula relatou um encontro que o comoveu. Em visita a Itajaí (SC), uma mulher o procurou dizendo que estava muito doente. ‘Eu vou morrer’, afirmou, explicando que queria abraçá-lo antes disso. Sem saber o que dizer, Lula contou que a aconselhou a ter fé e seguir as orientações médicas. Segundo ele, o gesto o marcou profundamente, pela simplicidade da mulher e pela possível falta de acesso ao tratamento.
O presidente disse acreditar que ela pode não ter feito os exames no tempo certo por limitações no sistema de saúde. A história o fez refletir sobre a realidade de muitos brasileiros que, segundo ele, não conseguem iniciar um tratamento por falta de recursos ou estrutura médica.
Lembrança pessoal reforça crítica ao sistema
Lula relembrou quando descobriu um câncer na garganta em 2011. Na época, sentiu dor e febre e procurou atendimento no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Sua esposa Marisa Letícia o incentivou a fazer um exame mais completo, e o diagnóstico veio logo em seguida. Dois dias depois, ele já estava internado iniciando o tratamento.
Ele afirmou que teve acesso rápido ao diagnóstico por estar em uma posição privilegiada, e lamentou que essa não seja a realidade da maioria. Para ele, muitos brasileiros recebem uma receita, mas não têm dinheiro para comprar o remédio, e acabam morrendo sem tratamento.
Novo programa quer acelerar atendimento no SUS
O programa ‘Agora tem especialista’ foi lançado para reduzir a espera por consultas com médicos especializados. Segundo o governo, clínicas e hospitais públicos e privados poderão se credenciar para atender pacientes do SUS nas áreas de oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia. A primeira entrega será um equipamento de tratamento contra o câncer em seis cidades do país.
