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Grávida de 24 anos morre após o parto e família acusa hospital de negligência; bebê sobreviveu

A morte de Vitória Hipólito, de 24 anos, após complicações em um parto cesárea, gerou comoção e indignação no Distrito Federal. A jovem, que estava em sua primeira gestação, faleceu na segunda-feira (26) após sofrer uma grave hemorragia interna. A bebê sobreviveu e está estável, mas a família acusa o sistema de saúde de negligência.
Segundo os parentes, Vitória teve uma gravidez tranquila e foi levada ao Hospital Regional de Planaltina na madrugada de sábado (24) com a bolsa rompida. Mesmo sem dilatação suficiente, permaneceu por mais de 17 horas em trabalho de parto antes da cesárea ser realizada. Após o nascimento da criança, começou a apresentar sangramento intenso.
Hospital não tinha UTI para atender Vitória
Os médicos realizaram uma histerectomia (retirada do útero) para tentar conter a hemorragia, mas o quadro se agravou. Sem UTI disponível no hospital, a família precisou pagar uma ambulância particular para transferi-la ao Hospital de Santa Maria, a mais de uma hora de distância.
A transferência pelo SUS foi considerada demorada e ineficaz. Em Santa Maria, Vitória sofreu quatro paradas cardíacas e permaneceu internada por cerca de oito horas antes de morrer. O primo da jovem, Sandro Hipólito Cardoso, afirmou que um boletim de ocorrência foi registrado e que a família buscará responsabilização legal pelos acontecimentos.
Secretaria de Saúde se manifestou
O caso levanta discussões sobre a precariedade do atendimento público em maternidades e a falta de infraestrutura para emergências. A Secretaria de Saúde do DF disse que não pode divulgar informações médicas, mas a família cobra esclarecimentos e pede justiça por Vitória.
