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Menino atropelado ao correr para o meio da rua tem morte cerebral; família diz que foi negligência médica

O caso de Henry Trevinio Souza, de 3 anos, revoltou moradores da Zona Leste de São Paulo e chamou atenção para falhas no sistema de saúde. O menino foi atropelado ao atravessar uma rua no Parque São Rafael na última sexta-feira (6).
Apesar de ter sido socorrido rapidamente, a criança enfrentou uma longa jornada até conseguir atendimento especializado. Segundo os familiares, a espera de mais de 24 horas para a cirurgia agravou seu quadro clínico e causou sua morte.
Demora para transferência de hospital
O pai do menino, Aquiles Souza Santos, afirmou que o filho estava sob sua supervisão dentro de um bar quando tudo aconteceu. Em um breve momento de distração, ao mudar a música, o garoto correu em direção à rua. A motorista que o atropelou parou imediatamente e levou a criança à UPA de São Mateus, sem esperar por socorro oficial, temendo que o tempo fosse crucial para salvar Henry.
Ao chegar à UPA, Henry foi encaminhado ao Hospital Geral de São Mateus, mas encontrou uma estrutura precária. O tomógrafo da unidade estava quebrado e não havia um neurocirurgião disponível. A transferência para o Hospital Santa Marcelina, em Itaquera, só ocorreu na manhã seguinte. A ambulância com o médico acompanhante chegou somente às 10h de sábado (7), mais de 12 horas após a necessidade ser identificada.
Cirurgia aconteceu após mais de 24 horas de espera
A cirurgia ocorreu no fim da tarde, às 19h, e, segundo a família, já era tarde demais. A hemorragia intracraniana evoluiu para morte encefálica e a criança faleceu no dia 10, sendo o óbito comunicado às 14h05. Os familiares acusam os hospitais de negligência médica e cobram investigações rigorosas sobre a demora no
