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Menino autista teria sido amarrado várias vezes em escola particular sob silêncio de funcionários

1News Brasil

A família de um menino autista de quatro anos, encontrado amarrado em uma cadeira no banheiro de uma escola particular em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, descobriu que o caso não foi isolado.

Após a repercussão do episódio, surgiram novas denúncias e vídeos mostrando que a criança teria passado por situações semelhantes em outros dias dentro da instituição de ensino.

O caso veio à tona na segunda-feira (7), quando o Conselho Tutelar e a Guarda Municipal foram chamados por denúncia. No local, encontraram o menino, que é não verbal, sozinho e preso à cadeira por tiras de tecido, dentro do banheiro. A professora responsável admitiu ter amarrado o aluno e foi presa em flagrante por maus-tratos, optando por ficar em silêncio no depoimento à polícia.

Justificativa da professora e repercussão

A mãe do menino, Mirian de Oliveira Ambrozio, relatou seu desespero ao saber do ocorrido e ao ver as imagens. A advogada da família recebeu novos vídeos após a divulgação do primeiro caso, incluindo registros em que a criança aparece amarrada em uma sala, vestindo roupas diferentes, o que indica que os maus-tratos aconteceram em dias distintos. O pai, Augusto Ambrósio, confirmou ter recebido acesso a esses novos registros, mas ainda não se sabe quem foi o responsável por essas outras situações.

À Guarda Municipal, a professora disse ter imobilizado o menino porque ele estaria muito agitado, tentando conter também a agitação das outras crianças. Porém, a conselheira tutelar Mônica Gawlak afirmou que essa justificativa não é aceitável.

O Ministério Público do Paraná solicitou a conversão da prisão em flagrante da professora em prisão preventiva para proteger outras crianças sob seus cuidados. A decisão está prevista para sair após audiência de custódia.

Investigações e novos relatos

A Polícia Civil investiga o caso e deve ouvir outros funcionários da escola, que podem responder por omissão. O caso repercutiu e motivou outro pai a registrar boletim de ocorrência, relatando supostos maus-tratos sofridos por seu filho em 2023, também na mesma escola. As aulas foram suspensas, e o perfil oficial da creche no Instagram foi fechado. O Conselho Tutelar continua acompanhando a família do menino enquanto as investigações buscam esclarecer completamente o caso. A reportagem do g1 não obteve retorno da defesa da professora e da escola até o momento.

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