Um caso absurdo e, ao mesmo tempo, profundamente triste chamou a atenção em Belo Horizonte nos últimos dias. A filha de um homem que teve o corpo cremado por engano se revoltou e cobrou publicamente que o cemitério seja responsabilizado pelo erro que ela chama de “irreversível”. Josiane Sathler, visivelmente abalada, falou em entrevista à TV Globo e relatou o momento exato em que descobriu o engano: “Foi na hora que a gente foi fazer a exumação pra transferir ele pro túmulo definitivo… Foi quando a gente viu que o corpo que tava ali não era do meu pai. Era de uma mulher. Meu pai… virou fumaça, virou poeira. Acabou. Isso é grave demais.”
O pai dela, José Orton Sathler, faleceu ainda em abril de 2021, vítima da Covid-19 — quando o Brasil ainda enfrentava o auge da pandemia e os hospitais e cemitérios estavam sobrecarregados. Na ocasião, ele foi sepultado no Bosque da Esperança, cemitério e crematório que fica no bairro Jaqueline, região Norte da capital mineira. O corpo havia sido colocado num jazigo provisório, como é comum em situações onde a família ainda não tem o local definitivo.