Notícias
Mulher recebe multa por ‘se defender em excesso’ após ser alvo de crime sexual

Mais um caso de abuso sexual infelizmente foi registrado e ganhou repercussão na web. Felizmente, no entanto, a vítima conseguiu se defender e minimizar, de certa forma, a violência sofrida na ocasião em que foi atacada.
No entanto, o caso acabou viralizando na imprensa global por conta de uma decisão judicial. O caso aconteceu em Montenegro, mas tem ganho repercussão mundo afora. Na noite de 13 de agosto, Milica Zivkovic, 25, estava acompanhada de uma amiga quando foi atacada.
As duas estavam a caminho de casa quando foram seguidas por um homem. O criminoso se aproximou e abordou as jovens, mas foi ignorado. Após ser rejeitado, ele alcançou as duas e atacou Milica, agarrando suas partes íntimas.
A moça, que já praticou kickboxing, conseguiu se defender e lutou por sua vida. Dando golpes com o punho fechado e com a mão aberta, ela conseguiu nocautear seu agressor e impedir que o estupro fosse concluído.
O caso foi à Justiça após a prisão do suspeito, que foi identificado apenas como UE. Apesar de ter sido preso, ele teve a opção de deixar a prisão ao pagar 300 euros, algo em torno de R$1.625.
Assustadoramente, Milica também foi condenada. Para o tribunal do país, Milica lutou de forma “excessiva” e acabou condenada por “violar a ordem e paz pública”. Ela foi condenada a pagar 85 euros, algo em torno de R$460.
A jovem afirmou que vai recorrer da decisão, declarou também que se sentiu “muito desconfortável” ao saber da decisão do tribunal. Ao falar sobre o caso, Milica afirmou que recebeu muito apoio, mas também lamentou ter sido criticada por muitas mulheres.
Milica agradeceu o apoio recebido, mas lamentou que ter recebido “comentários negativos, principalmente de mulheres que deveriam ser minhas maiores apoiadoras, mas, infelizmente, não somos todos iguais“.
O caso gerou comoção no país e até movimentou manifestação nas ruas. O primeiro-ministro do país também se manifestou em apoio à Milica e falou sobre reforma no Judiciário, para impedir que tais decisões voltem a se repetir.
