Notícias
Operação na casa de Poze teria relação com suposto operador da Al-Qaeda

Foi descoberto pela Polícia Civil do Rio de Janeiro que um homem que já foi procurado pelo FBI, dos Estados Unidos, apontado como operador do grupo terrorista Al-Qaeda, teria lavado dinheiro para o Comando Vermelho. A facção criminosa conhecida popularmente como “CV” é uma das maiores do Brasil, responsável pela miséria e morte de muitas pessoas ao longo de décadas, além de contribuir de forma ativa no tráfico de drogas nas favelas do Rio de Janeiro.
O homem seria o egípcio Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim, investigado também no inquérito que culminou na operação deflagrada nesta terça-feira, 3 de junho. A ação da Polícia visou cumprir mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Um dos alvos foi Viviane Noronha, esposa do cantor MC Poze do Rodo, que havia sido preso recentemente. Poze foi liberto no começo da terça do mesmo dia.
Apesar de suposta ligação, egípcio não foi alvo de operação
De acordo com o site G1, em apuração com a Polícia Civil, o egípcio não é alvo da operação deflagrada. Contudo, ele teria sido classificado como uma pessoa com “relevante histórico no sistema financeiro informal vinculado ao Comando Vermelho”.
Mohamed teria sido procurado pelo FBI por ser suspeito de agir como facilitador do operações da Al-Qaeda, outro grupo criminoso responsável pela morte e ações de terrorismo no mundo com viés fundamentalista. O secretário de Polícia Civil, o delegado Felipe Curi, destacou que haveria um “sofisticado esquema de lavagem de dinheiro da facção que envolveria “empresas de eventos, cantores que fazem bailes em comunidades e até a esposa de um desses MCs”.
Mohamed havia afirmado, no passado, que não é terrorista
O delegado Felipe Curi destacou que uma das empresas de eventos que estariam na investigação teriam relação direta com o egípcio Mohamed Ahmed. Além disso, ele crê que há um vínculo entre a facção, influenciadores e pessoas que promovem a cultura do tráfico. Na época, foi divulgado um cartaz de procurado de Mohamed.
Em 2019, Mohamed foi retirado da lista de foragidos do FBI. Ele foi interrogado em São Paulo por agentes dos Estados Unidos. O egípcio afirmou para a revista Época que não era terrorista. Mohamed disse que era membro de um partido político criminalizado, mas nunca atentou contra a integridade física ou coletiva.
