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Papa Leão XIV faz importante alerta ao mundo: ‘Consequências do uso da IA’

Na segunda Conferência de Roma sobre Inteligência Artificial, realizada nesta sexta-feira (20), o Papa Leão XIV manifestou preocupação com os efeitos da tecnologia sobre as novas gerações. O foco de seu discurso esteve voltado ao impacto que o uso da IA pode causar no desenvolvimento intelectual e neurológico de crianças e jovens.
Ele destacou a crescente exposição das novas gerações ao excesso de informações, mediadas por ferramentas inteligentes. “Todos estamos preocupados com o destino das crianças e jovens e as possíveis consequências do uso da IA em seu desenvolvimento intelectual e neurológico”, disse o papa.
Segundo ele, essa abundância de dados não pode ser confundida com a real capacidade de pensar e refletir criticamente. O líder da Igreja Católica propôs que o acesso ao conhecimento continue sendo filtrado por princípios humanos, e não apenas algorítmicos.
O alerta ético e tecnológico da Igreja
Além de Leão XIV, o cardeal Robert Francis Prevost também se posicionou publicamente sobre o tema. Durante uma reunião com bispos italianos, ele classificou a IA, a biotecnologia, a economia de dados e as redes sociais como “desafios que questionam o respeito pela dignidade da pessoa humana”.
Prevost, com formação em matemática, afirmou que o avanço tecnológico exige reflexão constante sobre os limites e responsabilidades humanas. Para ele, o uso da IA sem uma base ética sólida pode resultar em efeitos colaterais sociais e psicológicos graves.
A continuidade do pensamento de Francisco
O posicionamento de Leão XIV se alinha com o legado de Francisco, que já havia manifestado preocupações parecidas. O antigo Papa chegou a defender a ideia de algorética, incentivando um debate global sobre a ética dos algoritmos.
Leão XIV reforçou que a tecnologia deve estar a serviço da humanidade e não o contrário. A Igreja, segundo ele, continuará atenta e atuante nos diálogos sobre o futuro da inteligência artificial.
