Notícias
Suspeito do assassinato de Vitória alega ter sido coagido a confessar crime; defesa apresenta gravação

A equipe de defesa de Maicol Sales dos Santos, um jovem de 23 anos, conseguiu uma gravação de áudio na qual o indivíduo suspeito de ter assassinado Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, afirma ter sido pressionado a confessar a autoria do crime que causou grande comoção no país. Essa informação veio à tona pouco depois do seu depoimento formal à polícia.
Segundo Maicol, policiais de uma delegacia em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, teriam feito ameaças de prender sua mãe e outros parentes caso ele não cooperasse com a investigação. A gravação será provavelmente utilizada como prova para solicitar a invalidação da confissão que ele posteriormente negou.
Maicol afirma que foi coagido a confessar crime
“Por volta de 22h, eles me chamaram lá em cima e falaram que o delegado ia me f*der de qualquer jeito. De qualquer jeito ele ia me f*der. Aí pegou, falou que ia colocar a minha mãe na cena do crime. Falou que ia colocar minha esposa, ia colocar minha família toda, se eu não ajudasse, se eu não cooperasse. Aí eu peguei e inventei uma história e falei que fui eu pra livrar minha família”, declarou o suspeito.
Na gravação, Maicol relata que foi levado para um banheiro em condições precárias por supostamente não querer colaborar com o inquérito. O suspeito alega que as câmeras de segurança da delegacia capturaram o momento em que alguns policiais se dirigiram à sua cela e o avisaram que ele seria colocado no banheiro caso não revelasse o que supostamente sabia sobre o ocorrido.
Caso Vitória terá reconstituição do crime
Coincidentemente com as alegações de Maicol, a Polícia Civil comunicou que realizará a reconstituição do crime. A solicitação feita ao Instituto Médico Legal (IML) ocorreu após uma possível alteração na decisão do delegado de Cajamar, cidade da Grande São Paulo onde a adolescente de 17 anos foi assassinada. Até o momento, a família da vítima não se manifestou sobre o caso.
